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Educação: Aulas de EMRC contra a crise ética

Bispo de Santarém faz apelo aos pais para matricularem filhos em disciplina facultativa

D.R. Santarém, 13 mai 2011 (Ecclesia) – O bispo de Santarém apelou aos pais para matricularem os filhos na disciplina de Educação Religiosa e Moral Católica (EMRC), argumentando que as aulas podem “ser um bom contributo para vencer a crise moral”. Em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Manuel Pelino constata o aumento do “egoísmo”, “fraudes” e “desigualdades”, ao mesmo tempo que “o respeito pela dignidade do outro parece diminuir”. “A crise que nos preocupa não é só económica mas também ética”, escreve o prelado, acrescentando que a educação moral e religiosa pode “incutir uma atitude construtiva e responsável perante a vida”. No texto intitulado ‘Educar em tempo de crise’, com data de 12 de maio, o bispo de Santarém sublinha que o crescimento humano “não se realiza apenas através da inteligência, da aquisição de competências ou da obtenção de resultados”. “A educação do espírito, a educação para a beleza e para a cultura, para a ética e para a moral, a educação para os afetos, também concorrem para o desenvolvimento das potencialidades dos mais novos”, refere o documento. O prelado relativiza a importância dos objetivos escolares fixados pelo Estado: “A educação global não se alcança apenas com os programas do ‘Ministério da Educação’ - embora estes sejam fundamentais, mas com a colaboração empenhada e complementar de pessoas e instituições apostadas em construir uma sociedade mais justa e fraterna”. Em período de inscrições para o ano letivo de 2011/12, Manuel Pelino lembra que a EMRC “não é ensino confessional, como a catequese, mas transmissão dos valores humanos e das referências” do “património cultural de matriz cristã”. Entre as dimensões incluídas no programa de EMRC, o bispo de Santarém destaca a “compreensão do mundo e do homem”, a “história e papel das religiões”, a “participação ativa na comunidade”, a “promoção da solidariedade” e a “educação para a responsabilidade, para a alegria e para a boa relação”. “Procurem os pais exercer o seu direito de matricular os filhos na disciplina da educação moral desde os primeiros anos”, aconselha o prelado, que realça a importância do primeiro ciclo do básico, por constituir “o alicerce do percurso escolar”. Manuel Pelino recorda que a frequência da disciplina é facultativa “mas, quando pedida, a oferta é obrigatória da parte dos estabelecimentos de ensino”, pelo que “se os pais desejarem as escolas não deixarão de responder”. RM