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Professor Tito Romeu.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Educação com valores e critérios

Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã regista «progressos» no reconhecimento dos professores de EMRC

A Semana Nacional de Educação Cristã termina no próximo Domingo. Ao longo de sete dias esta iniciativa pretende dar visibilidade a uma educação com “valores e critérios” e mostrando ser um contributo “para uma humanização”.

D. Tomaz Silva Nunes, Bispo auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã, explica ao programa ECCLESIA que a escola católica e outras instituições da Igreja têm como identidade própria “apresentar e promover” um projecto educativo onde a experiência da vida cristã no âmbito escolar seja uma “referência transmissora de critérios”.

A escola católica tem hoje como desafio o “aprofundamento da sua identidade” num contexto onde a autonomia da escola “não é generalizada”.

Bento XVI centrou a educação como uma emergência para as novas gerações no mundo de hoje. D. Tomaz Nunes acrescenta que a educação é o coração do desenvolvimento da pessoas e da sociedade.

“A educação permite o desenvolvimento de um sentido crítico, de um sentido para a própria vida. Só assim uma pessoa não vive de forma acrítica, mas imprime um novo sentido para a existência”.

Bento XVI assinala também, no contexto Ocidental, um “desânimo entre os educadores”. D. Tomaz Nunes indica que o desânimo resulta de muitos factores tais como a profunda transformação cultural, a fragilidade da família, a dispersão de sólidas referências para as crianças, isto no meio de “um manancial informativo que actualmente jovens, crianças e adultos têm acesso”.

“Há uma proliferação de referências que torna difícil a tarefa do educador”, mas, sublinha o Bispo, “este quadro não pode conduzir a um esmorecimento ou a um cruzar de braços. Somos capazes de ser criativos e procurar soluções”.

Novos programas e materiais
Os educadores católicos apostam na valorização humana e relacional. O Secretariado Nacional de Educação Cristã tem vindo a preparar e publicar novos programas e materiais de apoio que “ajudam a criar um espaço nas escolas onde os saberes, conhecimentos e experiências vão sendo adquiridas no currículo mas são interpretados à luz da fé cristã”.

Este é um serviço que a Igreja presta em todas as escolas, indica D. Tomaz, sem pretender confundir os espaços catequéticos com os educativos, apesar de uma persistente ambiguidade. Os programas dos ensino básico e secundário estão organizados em função de competências a desenvolver no âmbito escolar.

Os programas escolares não se destinam apenas a alunos católicos. “Há pais que professam outras religiões, mas consideram que a Igreja Católica tem um conjunto de propostas de formação benéficas”, refere o Presidente da Comissão Episcopal.

Livre escolha dos pais
A escola católica é um modelo formativo que convive entre as demais propostas educativas, sejam elas privadas ou públicas.

Em alguns países caminha-se para a livre escolha dos pais. A liberdade de ensino não pressupõe a “supressão da escola estatal”, indica o Bispo. A livre escolha deve resultar de um processo progressivo. Existe um ensino particular e cooperativo, confessional ou não, dispendioso e sem subsídios, e uma frequência escolar marcada pela área de residência dos alunos. “A mobilidade implica uma ultrapassagem destas fronteiras, sem prejuízo de apenas algumas crianças terem acesso a escolas de qualidade por maiores possibilidades financeiras”.

O processo até chegar à livre escolha “é longo”, mas é algo que a Comissão Episcopal da Educação Cristã deseja. “Quem está por dentro das matérias educacionais é unânime quanto à necessidade de uma maior livre escolha”.

O lugar de EMRC
D. Tomaz regista um progresso “neste ano lectivo” quanto aos problemas legislativos, inserção da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica na escola e ambiguidade de horários.

No entanto o Bispo assinala a tentativa crescente de “privatizar o religioso, enquanto questão de consciência, limitando as manifestações públicas”, correspondendo à secularização da sociedade.

No final do ano lectivo transacto os professores de EMRC conseguiram ter um “reconhecimento explícito dos mesmos direitos e deveres em relação aos restantes professores”.

No entanto, existem ainda ambiguidades na legislação em vigor. “Está desactualizada tendo em conta a evolução do sistema educativo”.

A convergência entre a legislação e a Concordata de 2004 é um trabalho que está a ser desenvolvido pela Comissão Episcopal da Educação Cristã. “A lei ainda se refere a 1940”.

fonte:agencia ecclesia

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